Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: "Não tenho mais prazer na vida..." Eclesiastes 12

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Retomando o encargo


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(Jo 4.31-39)
Precisamos nos perguntar: “Qual é o propósito da igreja?” Para isso, precisamos cumprir o Grande Mandamento de amar a Deus e amar aos outros e, quando fizermos isso, teremos o encargo de cumprir a Grande Comissão: ir e fazer discípulos.
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.18-20)
Jesus nos mandou ir e fazer discípulos de todas as nações. Precisamos estar sempre atentos para não perdermos o encargo pelo coração de Deus. Assim, quero mencionar cinco coisas que não podemos perder de forma alguma para guardar nossa obra.
1. A batida do coração de Deus - Missões!
Perda da noção de propósito (vs. 31-34)
As prioridades dos discípulos estavam fora do propósito porque tinham perdido o sentido da sua finalidade como seguidores de Cristo. Eles pensavam que Jesus tinha conversado com a mulher apenas como uma pausa para descansar. Mas Jesus lembrou-lhes que seu verdadeiro propósito na vida, sua missão, era buscar e salvar o perdido.
Nós somos as mãos e os pés de Jesus. Ele nos deu a tarefa de levar a Boa Nova para a igreja. Jesus disse, no versículo 34, que ao conversar com a mulher samaritana ele estava fazendo a vontade de seu Pai e realizando sua obra. Por que Jesus veio à terra? Ele veio para um propósito primordial. Sim, ele veio para ensinar, ele veio para curar, mas principalmente ele veio para morrer. Ele veio para dar Sua vida como sacrifício para levar homens e mulheres de volta para uma relação salvadora com Deus, o Pai. A vontade de Deus é que todos sejam salvos.
Com o tempo, porém, nós nos tornamos mais bem informados e bem treinados, mas perdemos a paixão?
O objetivo primordial da igreja é levar as pessoas a Cristo. Nosso objetivo é levar o reino de Deus a crescer. Muitos vêem evangelismo e missões como uma coisa boa, mas não como uma prioridade na igreja. No entanto, ele deve estar no centro de tudo o que fazemos.
2. Quando nós iremos?
Perda da noção de urgência (vs. 35-36)
Os discípulos tinham perdido seu senso de urgência. Eles não entendiam que aquele era o momento de agir e não mais tarde. A palavra usada para maduro é LEUKOS ou “branco”. Quando o trigo fica branco ele não apenas está maduro, mas já está se perdendo!
O tempo para alcançar o mundo para Cristo é AGORA. Agora é a hora para a igreja agir. Hoje nós estamos vendo a maior colheita de almas para o reino que já aconteceu, e mesmo assim ainda existem milhões que precisam ouvir. Milhões de pessoas estão morrendo sem conhecer Jesus. A história da igreja está cheia de oportunidades perdidas porque a igreja não agiu quando poderia ter agido.
Um dos grandes desastres da história aconteceu em 1271. Niccolo e Matteo Polo (o pai e o tio de Marco Polo) foram visitar Kubla Khan, imperador do império mongol. Naquela época ele era um governante do mundo, pois ele governou toda a China, toda a Índia, e todos os povos do Oriente. Ele foi atraído pela história do cristianismo como Niccolo e Matteo disseram a ele. E ele lhes disse: “Vocês devem ir para o seu sumo sacerdote, e dizer-lhe em meu nome para enviar-me uma centena de homens hábeis em sua religião e eu vou ser batizado, e quando eu for batizado, todos os meus nobres e os grandes homens serão batizados e seus súditos irão receber o batismo também, e assim, haverá mais cristãos aqui do que há em sua terra.” Mas nada foi feito.
Nada foi feito por cerca de 30 anos, quando dois ou três missionários foram enviados. Muito tarde e muito pouco. Você consegue imaginar a diferença que teria feito no mundo se, no século XIII, a China e a Índia tivesse se tornado completamente cristã e o extremo oriente tivesse se curvado a Cristo?
Talvez você tenha ouvido a história dos três demônios. Satanás havia pedido sua legião para conceber uma maneira de enganar mais pessoas e levá-las para o inferno. Um demônio primeiro disse: “Eu vou dizer-lhes que não há inferno. Então eles vão continuar nos seus maus caminhos e não se preocuparão com a conseqüência do seu pecado”. “Não!” – disse o diabo. “A Bíblia é muito clara quando diz que o inferno é real.”
Um segundo demônio disse: “Então eu lhes direi que não há céu. Assim, não haverá razão para que eles levem uma vida santa. Isso vai funcionar ainda melhor!” Novamente o Diabo disse: “Isso também não vai funcionar, pois a Bíblia também é clara sobre a existência do céu.”
Então um terceiro demônio, depois de ouvi-los, disse: “Nós não precisamos dizer a eles que não há inferno ou que não há céu. Para ter mais pessoas no inferno, nós simplesmente precisamos convencê-los de que não há pressa!” E o diabo sorriu.
3. Para onde vamos?
Perda do senso de oportunidade (v. 4)
O verso 4 diz: E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria.
No início do capítulo, se diz que eles “tinham de passar por Samaria”. Por que eles tinham que ir lá? Os discípulos tinham perdido seu senso de localização. Eles estavam a caminho de casa e, provavelmente, tinham a mente voltada para o destino.
Talvez as palavras “teriam que” significava que era apenas um lugar entre o ponto A e o ponto B. Foi necessário passar por Samaria, a fim de chegar em casa na Galiléia. Há verdade nisso. Somos chamados a dar testemunho onde quer que estejamos. No ônibus, andando pela rua ou conversando com nosso vizinho.
Ou talvez as palavras “teriam que” possam significar algo diferente. Talvez houvesse pessoas que precisavam ouvir. A vontade de Deus tinha se revelado. Neste sentido, foi essencial que eles fossem. Isso também é muito verdadeiro. Jesus sabia que tinha que passar por Samaria para fazer a obra. Aquela era a oportunidade e o momento.
O lugar de missões é aqui, mas também é lá. Não é suficiente apenas alcançar as pessoas que estão perto de nós. Precisamos de pessoas que estejam dispostas a ir até os confins da terra.
4. Quem irá?
Perda da noção do valor das pessoas (v. 27)
Seus discípulos voltaram e ficaram surpresos ao encontrá-lo conversando com uma mulher. Mas ninguém perguntou: “Por que você está falando com ela?” Os discípulos ficaram surpresos de que Jesus estivesse falando com uma mulher. Acrescente-se que ela era uma samaritana e do tipo de mulher tida como imoral. Os discípulos haviam perdido a noção de para quem o evangelho é endereçado. Jesus disse que não é o são que precisa de médico, mas sim o doente. Os discípulos tinham perdido o entendimento de que o Evangelho é para todos.
O evangelho não é reservado a determinado sexo, idade ou grupo de pessoas ou classes. É para todas as pessoas. Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho. Deus deseja que todos os povos sejam salvos. Como parte da igreja de Jesus, somos chamados a levar a mensagem de esperança para o mundo todo. Essas são as nossas ordens para marchar:
”Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8)
Alguma vez você já se perguntou por que Jesus disse isso? Ele estava colocando o mundo em quatro categorias:
a. Jerusalém representa as pessoas que são culturalmente semelhantes e geograficamente próximas.
b. A Judéia representa as pessoas que são culturalmente semelhantes, mas geograficamente distantes.
c. Samaria representa as pessoas que são culturalmente diferentes, mas geograficamente próximos.
d. Os confins da terra representam as pessoas que são culturalmente diferentes e geograficamente distantes.
Nossa Jerusalém é a nossa cidade. São aqueles que estão próximos de nós e são culturalmente semelhantes a nós. Nossa Judéia é o nosso estado. São culturalmente semelhantes a nós, mas distantes geograficamente.
Nossa Samaria pode ser as pessoas que são culturalmente diferentes de nós que vivem aqui nesta comunidade. Ou pode ser aqueles estados mais próximos de nós. E por último, Deus nos chama para os confins da terra. Esse é o lugar onde são diferentes culturalmente e distantes geograficamente.
5. Como nós iremos?
Perda da noção de poder (vs. 37-38)
Nós fazemos a diferença quando entendemos que é o poder de Deus que faz o trabalho. Os discípulos tinham perdido a noção do poder que estava por trás do trabalho que estava diante deles. Jesus se refere aqui ao semeador e ao ceifeiro trabalhando em conjunto:
“Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: Um é o semeador, e outro é o ceifeiro” (João 4.37).
Deus nos usa para levar a mensagem, mas o poder de salvar pertence a Ele somente. Sim, nós devemos nos esforçar no trabalho de evangelismo. Nós podemos melhorar nosso treinamento e nos equipar com boas ferramentas de evangelização, mas devemos nos lembrar que é Ele quem convence as pessoas. Nosso trabalho é semear e colher, mas o trabalho de Deus é fazer crescer. A coisa mais importante é o coração disposto.
Não é uma questão de programas e métodos, trata-se de paixão e fidelidade. Quando as pessoas têm o desejo de compartilhar de Cristo, elas não vão encontrar nenhuma dificuldade de achar maneiras de fazer isso! Deus pode usar qualquer um que é fiel

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